Sim, seu plano de saúde cobre cirurgia ortognática! Ao contrário do que muitos pensam, a cirurgia está prevista na listagem de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Ou seja, é obrigatória a cobertura do procedimento pelos planos de saúde hospitalares. Este entendimento é consolidado pela Resolução Normativa 211, da ANS, que diz:
VIII – cobertura dos procedimentos cirúrgicos buco-maxilo-faciais, para a segmentação hospitalar, incluindo a solicitação de exames complementares e o fornecimento de medicamentos, anestésicos, gases medicinais, transfusões, assistência de enfermagem, alimentação, órteses, próteses e demais materiais ligados ao ato cirúrgico utilizados durante o período de internação hospitalar.
A cirurgia ortognática é peculiar, pois envolve tanto procedimentos médicos, quanto odontológicos. “A grande maioria dos custos da cirurgia são garantidos, como toda a parte médico-hospitalar. Os procedimentos odontológicos, como o planejamento virtual e ortodontia, não são cobertos pelas operadoras de saúde”, explica o médico e cirurgião-dentista, Klaus Rodrigues.
“Mas acredito que vários pacientes e até mesmo colegas médicos e dentistas não sabem disso”, alerta o profissional, que é também especialista em cirurgia plástica pela SBCP e cirurgia craniomaxilofacial.
Quando a cirurgia ortognática é necessária?
A cirurgia ortognática transforma a estrutura da face. Se o queixo é muito projetado para frente, para trás, o sorriso é gengival ou há pouco crescimento do céu da boca, o procedimento pode ser a única solução viável para sanar o problema. Sobretudo quando o aparelho ortodôntico não é capaz, sozinho, de corrigir as más oclusões dentárias (mordida) e as alterações estéticas faciais provocadas.
Em outras palavras, se apenas o “movimentar de dentes” não resolve um quadro de mordida errada, que não encaixa direito, a cirurgia ortognática é normalmente recomendada. Assim, são reposicionadas as bases ósseas da arcada superior (maxila) e da arcada inferior (mandíbula).
Estética facial
A cirurgia ortognática é buscada, também, por pessoas interessadas em uma melhora na estética facial. Uma matéria publicada no The New York Times aponta que definir o queixo é a nova preocupação estética da moda.
Planos de saúde
Bradesco, Unimed, Allianz Saúde, Amagis Saúde, AMMP Saúde, Cassi, Cemig Saúde, Copass Saúde, Forluz, Itaú, Omint Saúde, Petrobras, Postal Saúde, Promed Assistência Médica, Saúde AMS, Saúde Caixa, Sul América e Vale.
Para se ter uma ideia, apenas em 2017, nos Estados Unidos, 55% dos cirurgiões plásticos faciais tiveram pacientes que optaram pelo procedimento para aparecer melhor nas selfies. Os dados foram coletados pela Academia Americana de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva Facial.
Mas independentemente da razão que te leva a querer saber mais sobre a cirurgia ortognática, neste artigo vamos mostrar um panorama geral de como ela é realizada, seus benefícios e as condições que fazem com que você seja capaz de realizá-la pelo plano de saúde.
Como saber se preciso fazer uma cirurgia ortognática?
Inicialmente, é necessário passar por uma avaliação. O exame clínico da face é o principal para definição do tipo de cirurgia que será necessária. São avaliadas as queixas estéticas e funcionais do paciente (má-oclusão, problemas respiratórios,dificuldade de mastigação, fala). Os exames complementares, como tomografia e análise dos modelos das arcadas, ajudam no planejamento da cirurgia.
O tratamento ortodôntico é indicado na fase pré-operatória, para preparar a mordida para a cirurgia, e no pós-operatório, para estabilizar a nova oclusão e realizar pequenos movimentos dentários de refinamento
“A indicação (da cirurgia) deve ser feita por diversos critérios médicos e odontológicos. É fundamental um diagnóstico correto e, só então, a cirurgia é recomendada. Normalmente, é indicada para pacientes que apresentam alterações na mordida, em que somente o uso do aparelho ortodôntico não é suficiente”, explica Klaus Rodrigues. “É necessário, assim, reposicionar as bases ósseas das arcadas para conseguir um mordida correta e, consequentemente, a melhora da estética facial”, completa.
Quais os benefícios do procedimento?
A cirurgia ortognática apresenta benefícios diversos para os pacientes que se submetem ao procedimento. Abaixo, Klaus Rodrigues aponta para as cinco principais vantagens trazidas pela intervenção:
1. Estética facial
Ainda que, a princípio (em muitos casos), a cirurgia seja realizada apenas para fins de melhora funcional na saúde do paciente, ela acaba trazendo equilíbrio estético e harmonia facial.
Pessoas que apresentam um perfil com crescimento desequilibrado dos maxilares – como o prognata (classe 3), com uma mandíbula muito desenvolvida; o retrognata (classe 2), com uma mandíbula pouco desenvolvida; ou mesmo aquele sorriso com exposição acentuada da gengiva – conseguem recuperar sua auto-estima através da cirurgia ortognática.
Além disso, até a estética nasal pode ser alterada. Uma cirurgia realizada nos maxilares ou somente no queixo, por exemplo, pode refletir diretamente no nariz. Isso porque esse reposicionamento das bases ósseas é capaz de alterar a percepção que se tem do nariz.
2. Melhora da má-oclusão dentária
A má oclusão dentária acontece quando os dentes superiores e inferiores não têm um engrenamento correto. Em condições normais, os dentes superiores encobrem, ligeiramente, os inferiores.
Este quadro é sério e pode gerar problemas como:
. Dificuldade para morder ou mastigar;
. Problemas respiratórios, como a respiração bucal;
. Alguns casos de apneia do sono.
3. Mastigação e digestão otimizadas
A cirurgia ortognática consegue melhorar a mastigação. O reposicionamento da língua permite que os alimentos sejam fragmentados com maior eficiência. Dessa maneira, a deglutição é auxiliada, tornando a digestão mais leve e rápida.
4. Capacidade respiratória melhorada
Por trabalhar com a reposição do maxilar em relação à face, o procedimento melhora a capacidade respiratória. Isso porque a reorganização óssea vai desobstruir as vias respiratórias, ampliando a capacidade de respirar.
E a cirurgia ortognática é benéfica, em especial, para as pessoas que sofrem com a apnéia obstrutiva do sono. A condição gera muitos danos à saúde, como sono não reparador e agitado, dores de cabeça, sonolência diurna, além de distúrbios metabólicos e comportamentais. A longo prazo, os efeitos podem causar o surgimento de doenças cardiovasculares.
5. Melhoria na articulação da fala
Quando o paciente apresenta alguma irregularidade no crescimento maxilar, isso pode afetar a articulação da fala. E o problema é fruto do desequilíbrio dos órgãos fonoarticulatórios, que afetam a laringe e a capacidade de respiração. Dessa maneira, a qualidade da fala e da extensão vocal são comprometidas.
Com a cirurgia ortognática, são alteradas as formas e tamanhos dos espaços ressonadores, seja com contração ou relaxamento musculares. Além disso, através das mudanças nas cavidades nasal e oral, alterações positivas na ressonância da voz podem ser constatadas.
Se o plano de saúde cobre cirurgia ortognática, o que devo saber?
A cirurgia ortognática, por estar inscrita no rol de procedimentos cobertos pela ANS, conta com assistência do seu plano. Assim, não apenas a cirurgia em si deve ser coberta, bem como todos os exames e materiais necessários. Apenas os procedimentos odontológicos, como o tratamento ortodôntico e o planejamento virtual pré-operatório, não possuem cobertura no Rol. Abaixo, explicamos o que é esse planejamento e porquê ele é necessário.
Como funciona o planejamento virtual?
O plano de saúde cobre cirurgia ortognática, mas não o planejamento virtual. A tecnologia refina a elaboração do procedimento. “O planejamento virtual utiliza as medidas reais do paciente por meio de exames, como a tomografia e escaneamento das arcadas”, explica Klaus.
Funciona assim: um software executa os movimentos dos maxilares virtualmente, de acordo com o planejamento proposto pelo cirurgião. Então, são confeccionados guias cirúrgicos precisos, que serão utilizados para auxiliar no reposicionamento correto dos maxilares durante a cirurgia. Dessa forma, os resultados contarão com maior previsibilidade e o tempo do pós-operatório será menor.
O que fazer quando o plano de saúde se recusa a cobrir o procedimento?
Ainda que a cirurgia ortognática tenha cobertura prevista, alguns planos de saúde se recusam a autorizar materiais necessários para a realização do procedimento, que pode ser realizado tanto por médicos, como por cirurgiões-dentistas especialistas. Outra estratégia comum é alegar que a cirurgia tem apenas finalidade estética.
A conduta é considerada abusiva. Afinal, se há indicação médica para a preservação da saúde do paciente, a cirurgia deve ser coberta. Assim sendo, o simples fato de alegar que o objetivo é a melhoria estética não se apresenta como justificativa válida.
Em caso de negativa por parte do plano de saúde, é indicado buscar por um advogado especialista em saúde. Ele será capaz de avaliar a situação e, caso necessário, enviar uma liminar para questionar a posição do convênio.
Quais convênios são aceitos pela clínica Klaus Rodrigues?
A clínica do médico e cirurgião-dentista Klaus Rodrigues oferece atendimento através de planos de saúde diversos. Entre eles, Unimed. Confira, abaixo, outros convênios aceitos pela clínica do especialista:
Bradesco, Allianz Saúde, Amagis Saúde, AMMP Saúde, Cassi, Cemig Saúde, Copass Saúde, Forluz, Itaú, Omint Saúde, Petrobras, Postal Saúde, Promed Assistência Médica, Saúde AMS, Saúde Caixa, Sul América, Unimed e Vale.
Klaus Rodrigues